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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Diabetes no Dentista

O dentista tem um papel cada vez mais relevante na identificação da doença. Ele pode suspeitar da existência do problema por meio de um simples exame rotineiro.

A fim de provar que a cavidade oral pode delatar o problema, a Columbia University College of Dental Medicine, nos Estados Unidos, examinou 601 indivíduos com 30 anos de idade ou mais e que não haviam sido diagnosticados com a doença. Ao iniciarem o estudo, os pesquisadores traçaram uma meta: encontrar as principais pistas capazes de denunciar que a glicose estava nas alturas.

Depois de cruzar o resultado das consultas de cada um dos participantes e dos exames de hemoglobina glicada, que nos dá a média de açúcar na circulação dos últimos 90 dias, os cientistas descobriram que, para aqueles que relataram ter pelo menos um fator de risco para o diabete – como o sobrepeso -, a falta de dentes e as inflamações crônicas da gengiva eram um indício do mal.

Sinais na boca de um sangue doce demais:
- Boca seca
- Aftas
- Úlceras
- Fissuras na língua
- Mau hálito
- Dores na língua e na mucosa
- Lesões herpéticas
- Cáries
- Comprometimento do esmalte dentário

Quem é diabético lida constantemente com a baixa imunidade, já que a atuação das células de defesa fica comprometida, e os dentes não são exceção à regra. As infecções progridem mais rápido e provocam um estrago ainda maior. Para essas pessoas, se a higiene oral não for mais cuidadosa que a de praxe, tende a surgir um acúmulo da placa bacteriana que vai originar a gengivite, e se não for tratado, esse quadro costuma evoluir para a periodontite, que danifica as estruturas de suporte ao redor do dente.

Quando as portas se abrem para as bactérias, é bem difícil fechá-las! Por causa da menor eficiência das células de defesa, o processo de reparação das doenças gengivais é mais lento e demanda um maior zelo.  Tudo isso também está relacionado com a diminuição da qualidade e da quantidade de saliva. Nos portadores de diabete, esse detergente natural não atua como esperado.

Debelar infecções na boca também é uma forma de frear o mal do sangue doce. A periodontite, por exemplo, exacerba a resistência à insulina, nesse caso, o hormônio não consegue desempenhar sua função primordial, que é botar o açúcar para dentro das células. O diabete dificulta o tratamento das doenças periodontais e elas agravam ainda mais o diabete.

O acompanhamento odontológico, juntamente com uma alimentação adequada, vai, aos poucos, regulando a glicemia.