O amálgama é toda liga metálica em que um dos metais envolvidos está em estado líquido, sendo esse geralmente o mercúrio. No caso do amálgama utilizado pelo dentista, trata-se de uma liga que contém limalha de prata, mercúrio e estanho, podendo conter também zinco e cobre.
O amálgama foi por muito tempo o material de escolha para os dentes posteriores. Atualmente, o material não é bem aceito pelo paciente por ser da cor prata. Pela falta de conhecimento das vantagens do material, muitas pessoas acabam influenciadas por profissionais mal esclarecidos ou mal intencionados e não pensam duas vezes antes de trocarem suas restaurações pela “massinha branca”.
Então, quais são as vantagens do amálgama?
Quando comparado às resinas compostas, apresenta:
- Custo relativamente baixo;
- Alta resistência mastigatória e resistência ao desgaste;
- Maior durabilidade (10 a 20 anos em média);
- Facilidade de execução da técnica restauradora;
- Menor infiltração marginal com tendência a diminuição (corrosão marginal proporciona um melhor vedamento da cavidade);
- Menor reincidência de cárie (condicionada à adaptação marginal).
Desvantagens do amálgama:
- Antiestético;
- Presença de mercúrio na composição (potencialmente tóxico ao profissional e ao paciente);
- Necessidade de cavidades retentivas, com maior desgaste dentário (não há adesão do amálgama ao dente);
- Liga sujeita a corrosão, implicando em pigmentação indesejável da estrutura dentária;
- Necessidade de 2 consultas (o polimento deve ocorrer 48 horas após a condensação do material na cavidade).
Em relação a toxicidade do mercúrio é indiscutível que este elemento é altamente poluente e que acarreta importantes danos à saúde. Contudo nada foi atestado em relação a contaminação de dentistas, auxiliares e pacientes quando corretamente manipulado, a não ser realmente aquelas pessoas sensíveis ao mercúrio.
E as resinas compostas?
Os materiais resinosos, além da estética mais favorável, possuem adesividade, ou seja, a estrutura do dente pode ser mais preservada, além de não apresentar mercúrio. Além disso, a restauração pode ser concluída em uma única sessão.
O que avaliar?
- Estética exigida;
- Saúde do dente;
- Extensão e localização da restauração ou da cárie;
- Hábitos de higiene do paciente.
Se você apresentar restaurações antigas e quiser substituir, pondere as razões, o custo-benefício e a necessidade!
A troca deve ser feita sempre que houver fratura, infiltração na restauração antiga ou presença de cárie!