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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Amálgama de Prata x Resina Composta

Muitos pacientes procuram os consultórios odontológicos com o objetivo de trocar as restaurações de amálgama por resina composta. Isso é possível? Sim, mas se você deseja trocar suas restaurações antigas exclusivamente para fins estéticos é melhor repensar!

O amálgama é toda liga metálica em que um dos metais envolvidos está em estado líquido, sendo esse geralmente o mercúrio. No caso do amálgama utilizado pelo dentista, trata-se de uma liga que contém limalha de prata, mercúrio e estanho, podendo conter também zinco e cobre.

O amálgama foi por muito tempo o material de escolha para os dentes posteriores. Atualmente, o material não é bem aceito pelo paciente por ser da cor prata. Pela falta de conhecimento das vantagens do material, muitas pessoas acabam influenciadas por profissionais mal esclarecidos ou mal intencionados e não pensam duas vezes antes de trocarem suas restaurações pela “massinha branca”.

Então, quais são as vantagens do amálgama?

Quando comparado às resinas compostas, apresenta:

  • Custo relativamente baixo;
  • Alta resistência mastigatória e resistência ao desgaste;
  • Maior durabilidade (10 a 20 anos em média);
  • Facilidade de execução da técnica restauradora;
  • Menor infiltração marginal com tendência a diminuição (corrosão marginal proporciona um melhor vedamento da cavidade);
  • Menor reincidência de cárie (condicionada à adaptação marginal).

Desvantagens do amálgama:

  • Antiestético;
  • Presença de mercúrio na composição (potencialmente tóxico ao profissional e ao paciente);
  • Necessidade de cavidades retentivas, com maior desgaste dentário (não há adesão do amálgama ao dente);
  • Liga sujeita a corrosão, implicando em pigmentação indesejável da estrutura dentária;
  • Necessidade de 2 consultas (o polimento deve ocorrer 48 horas após a condensação do material na cavidade).

Em relação a toxicidade do mercúrio é indiscutível que este elemento é altamente poluente e que acarreta importantes danos à saúde. Contudo nada foi atestado em relação a contaminação de dentistas, auxiliares e pacientes quando corretamente manipulado, a não ser realmente aquelas pessoas sensíveis ao mercúrio.

E as resinas compostas?

Os materiais resinosos, além da estética mais favorável, possuem adesividade, ou seja, a estrutura do dente pode ser mais preservada, além de não apresentar mercúrio. Além disso, a restauração pode ser concluída em uma única sessão.

O que avaliar?

Não se pode afirmar qual é o melhor material restaurador! Cada caso exige uma avaliação do profissional e uma técnica mais apropriada para a situação clínica e para o paciente!
Observar:
  • Estética exigida;
  • Saúde do dente;
  • Extensão e localização da restauração ou da cárie;
  • Hábitos de higiene do paciente.

Se você apresentar restaurações antigas e quiser substituir, pondere as razões, o custo-benefício e a necessidade!

A troca deve ser feita sempre que houver fratura, infiltração na restauração antiga ou presença de cárie!