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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Antibiótico Causa Cárie?



Existem muitos mitos que rondam a Odontologia, e este é um deles! Os antibióticos não são causadores de cárie e nem enfraquecem os dentes. Eles são prescritos quando uma infecção está presente e esse irá atuar combatendo os agentes causadores dessa infecção, as bactérias.

O grande problema é o alto teor de açúcar em vários medicamentos para o público infantil, torando o remédio “mais docinho” e melhor aceito pela criança. Some isso ao fato de que durante o período em que a criança está debilitada, seja por mimo, estresse ou excesso de zelo, os pais costumam afrouxar algumas ordens diárias e entre elas pode estar a exigência de uma eficiente higiene bucal.  O medicamento sendo administrado a cada oito horas e sem uma higiene adequada pode ser uma combinação perigosa!

A cárie é uma doença multifatorial, basicamente causada pela presença de microorganismos (bactérias) + consumo de alimentos ricos em açúcar + higiene inadequada + longos períodos sem higienização (por exemplo: dormir sem escovar os dentes, ou lanchar a tarde e só escovar após o jantar) + baixa salivação.

No entanto existe um tipo de antibiótico, o Tetraciclina, que pode causar manchas acizentadas na superfície dos dentes. Exatamente por causa disso, a prescrição desse tipo específico de antibiótico tem sido evitada para crianças e gestantes, pois ele poderia afetar a formação óssea e dental do feto e manchar os dentes das crianças em fase de crescimento que estão trocando os de leite pelos permanentes.

Para evitar os danos causados por remédios excessivamente açucarados em crianças deve-se sempre cuidar da higiene bucal. Logo que o remédio for ingerido é importante fazer uma escovação dos dentes para a remoção dos resíduos que possam ter ficado na boca. Em bebês que ainda não possuem dentes também deve-se realizar a higienização da boquinha com uma fralda ou gaze umedecida com água filtrada.

Portanto, os antibióticos não causam cárie, mas o acúmulo de açúcar e a falta ou a má higienização bucal sim! 
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Dra. Suelen Franco Rodrigues

Cirurgiã-Dentista CRO/RS 21492
Especialista em Endodontia

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Os Mitos do Tratamento de Canal

O tratamento de canal é considerado o procedimento dentário mais temido pelos pacientes. Uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Endodontistas revelou que a maioria das pessoas possuem medo do tratamento baseado no relato de outras pessoas e não deles próprios.
As informações errôneas sobre o tratamento de canal também impedem os pacientes de tomar uma decisão esclarecida a respeito do tratamento de seus dentes. Há muitos pacientes que preferem extrair os dentes, em vez de preservá-los com um tratamento de canal.

  • Veja alguns dos principais mitos sobre o tratamento de canal:


Mito 1: 
Tratamento de canal é doloroso?
O tratamento de canal é quase sempre executado porque um dente já está causando dor. Uma polpa inflamada ou infectada, dentes quebrados, ou um nervo morrendo lentamente são os motivos mais comuns para o tratamento de canal. O tratamento de canal é usado para aliviar a dor, resolver o problema! A maioria das pessoas que fizeram o tratamento admitem que não sentiram qualquer dor durante a consulta e se sentiram melhor depois.

Mito 2: 
Completar um tratamento de canal requer várias consultas?
O tratamento de canal pode ser realizado em uma ou duas consultas. Atualmente o endodontista possui equipamentos e materiais que tornam o tratamento mais rápido. Fatores que determinam o número de consultas necessárias para finalizar o tratamento são: extensão da infecção, a dificuldade do preparo do canal radicular (dentes com anatomia complexa), quando se trata de um retratamento do canal.

Mito 3: 
Tratamento de canal torna o dente mais fraco?
Não! A técnica usada para realizar o preparo do canal (limpeza e descontaminação) promove um alargamento dos canais do dente, mas a raiz permanece com a mesma estrutura e dureza. O que ocorre é que muitas vezes o paciente já chega ao consultório com a coroa fragilizada devido à cárie, restaurações extensas ou fraturas. Após o tratamento de canal o dentista deve avaliar a estrutura coronária e indicar o melhor tipo de restauração, evitando fraturas.

Mito 4: 
Tratar canal muda a cor do dente?
Muitas vezes a mudança de cor do dente ocorre antes do tratamento de canal, devido a algum traumatismo que o dente sofreu, ou pelo processo de morte ou hemorragia da polpa. A mudança é marcada por diferentes tonalidades, que se iniciam do amarelo passando até marrom podendo chegar ao cinza, produzindo efeitos estéticos desagradáveis. O tratamento de canal normalmente não causa alteração da cor do dente quando se tem cuidados técnicos na limpeza final da câmara pulpar. Ocorrendo a alteração de cor o dentista pode realizar a técnica de clareamento, obtendo o resultado estético desejável.

Mito 5: 
O tratamento de canal causa doença?
O mito de que as bactérias presas dentro de um dente tratado causarão doenças, tais como doença cardíaca, doença renal, resulta da pesquisa realizada pelo Dr. Weston Price (1910-1930) de quase 100 anos atrás. Porém pesquisas recentes comprovam que o tratamento de canal não causa doenças. As bactérias podem ser encontradas na boca a qualquer momento, mesmo os dentes livres de cárie e doença periodontal apresentam bactérias. Dentes que tiveram canais tratados com histórico de infecção muitas vezes precisam de um controle após um período para avaliar a recuperação, pois a contaminação por bactérias pode causar uma reabsorção óssea, formação de cistos nas proximidades do dente. O dentista com realização de radiografias irá avaliar essa recuperação.

Mito 6: 
O dente precisa estar doendo para ser necessário o tratamento de canal?

Na maioria dos casos em que o paciente procura o dentista por motivo de dor de dente, este necessita tratamento de canal. Porém dentes que necessitam do tratamento nem sempre apresentam sintomatologia dolorosa. Na verdade, os dentes que já estão mortos (necrose pulpar) podem exigir o tratamento de canal (por causa de traumatismos, cáries ou restaurações que atingiram a polpa) ou ainda por motivos protéticos (dentes que precisam de núcleo e coroa).


Geralmente é durante uma consulta de rotina que o dentista irá descobrir um dente que o nervo morreu. Observando alterações de coloração da coroa, alterações na gengiva, avaliando radiografias, realizando testes de sensibilidade pulpar.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

CUIDADOS ODONTOLÓGICOS AO LONGO DA VIDA

É possível ter um sorriso saudável a vida inteira? Sim, é possível!


Os cuidados com a saúde bucal devem ser iniciados desde cedo.  Ter um sorriso saudável na fase adulta é o reflexo dos hábitos adotados na infância e adolescência.

A criança deve ser influenciada a cuidar da saúde bucal desde o nascimento. A limpeza da cavidade oral do bebê deve ser realizada para remover o leite estagnado, acostumando-o à manipulação da boca. Pode ser utilizada uma gaze ou dedeira embebida em água filtrada, esfregando delicadamente por toda gengiva. 

Próximo dos seis meses de vida começam a aparecer os primeiros dentes do bebê, este é o momento para a primeira consulta no dentista.

É recomendado que crianças e adolescentes visitem o dentista a cada seis meses. Esse é o tempo ideal para detectar qualquer início de cárie e gengivite. Deve ser observado na criança hábitos deletérios, como chupar bico ou dedo, avaliando se está ocorrendo uma má oclusão dentária e o momento ideal de intervir com aparelhos. Outra vantagem de começar os cuidados cedinho é que a criança vai acostumando com o consultório do dentista e com os procedimentos.

Na fase adulta deve se dar atenção para as doenças periodontais (doenças nas gengivas) e a cárie. Com uma higiene adequada, uma alimentação com baixa quantidade de açúcares e consultas regulares ao dentista é possível evitar estes problemas.
A cavidade bucal reflete muitas vezes as alterações fisiológicas ocorridas com o envelhecimento. É comum nos idosos ocorrer a diminuição salivar o que leva a sensação de boca seca. O paladar diminui e desta forma o idoso pode ingerir uma quantidade mais elevada de sal e açúcar. A sensibilidade dentária pode aumentar. A falta de dentes é um problema comum entre os idosos, o que pode prejudicar o aparelho digestivo.



O dentista sempre irá lhe orientar sobre os cuidados necessários em cada fase da vida e realizar os procedimentos necessários para a manutenção da saúde bucal!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Consultório Próprio

Este ano iniciei os trabalhos em meu consultório! Depois de 4 anos de formada!
É uma alegria quando conseguimos montar nosso cantinho de trabalho, porém não é fácil nem barato!

Eu e uma sócia construímos uma clínica. Antes tínhamos uma sala alugada e apenas um consultório, na qual nos dividíamos nos atendimentos.

O bom de começar do zero na construção da clínica é pensar sobre todos os ambientes (recepção, sala de espera, sala de esterilização, sala de moldes de gesso, almoxarifado, consultórios, copa, lavado dos pacientes e o dos funcionários...), o tamanho das salas, instalações elétrica e hidráulica. Ou seja, pensar em tudo e levar isso para a arquiteta. As funcionárias (secretária e auxiliar) também foram questionadas sobre o que sentiam falta, o que achavam que poderia ser melhorado na clínica nova, deram várias dicas entre elas pediram uma sala com armários para poder trocar de roupa, guardar bolsas. É bom lembrar também das exigências da vigilância sanitária, na nossa antiga sala não tínhamos janelas, agora temos janelas em cada sala e todas com micro telas para evitar entrada de insetos.

Dos equipamentos que comprei, a cadeira da Olsen é usada e demais aparelhos são novos. Comprei a cadeira de uma colega que já conhecia, sabia que poderia confiar quanto ao estado da cadeira, praticamente nova!

Vou postar algumas fotos para compartilhar com vocês o meu cantinho!

Os móveis foram desenhados por uma amiga (Studio JK Design).
Esta é a parte do escritório. A única coisa antiga é a mesa de madeira nobre com mais de cem anos de idade, que passou por restauro e colocado tampo de vidro novo.




Na parede foi usada a cor Azul Royal da Suvinil.

Projetamos um móvel só para jalecos e bolsas.

Há uma divisória separando o escritório do consultório.


Eu passei a usar o mocho tipo sela e super aprovei!!! 

Olhando pro mocho ele não é bonito!!! Mas é muito confortável! Melhorei minha postura, coluna mais reta. Achei mais confortável para as pernas. E notei que fiquei mais ágil para me deslocar sentada no mocho.





Consultório:




Tem uma televisão no teto e o DVD fica dentro do armário. Costumamos colocar um show para os pacientes assistirem. Quando atendo criança coloco um filme, desenho e eles adoram!

Temos ainda um lindo jardim!


O disparador do aparelho de Raio X ficou instalado próximo da porta para facilitar o distanciamento.

E esta sou eu, bem feliz!!!


Abraços

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

2017 vai ser demais!!!

Depois de um tempo afastada do Blog, estou retornando!
Espero que agora eu realmente tenha mais tempo para postar coisas aqui! Não deixar o Blog as moscas!!!

Fiquei afastada em função de muito trabalho... posto de saúde e mais quatro consultórios onde tenho parcerias. Estava montando meu consultório (que agora já está pronto, lindo!) e descobri uma gestação (estou com três meses)! Só coisas boas!!!

Aproveito que estou escrevendo a vocês novamente e deixo aqui meu desejo de um ótimo 2017 a todos!!!

Abraços, até mais!


quinta-feira, 1 de maio de 2014

Diminua a quantidade de açúcar


Sempre ouvimos os dentistas condenando o consumo de doces! Fazendo do açúcar um grande vilão ao sorriso saudável!


Como já dizia minha mãe: “Tudo o que é em excesso faz mal à saúde”. E exagerar no açúcar traz males à saúde como a obesidade e diabetes. Em artigo publicado na revista Nature, o consumo de açúcar deve ser tão controlado quanto o consumo de álcool e tabaco para a saúde pública. Os dados do relatório revelam que o consumo mundial de açúcar triplicou nos últimos 50 anos e que esse quadro é um dos grandes responsáveis pelo aumento do número de obesos. Mas, segundo os pesquisadores, a obesidade pode ser um marcador para os danos provocados pelos efeitos tóxicos do açúcar, o que ajudaria a explicar o porquê de 40% das pessoas com síndrome metabólica, que pode levar ao diabetes, a doenças cardíacas e ao câncer, não serem clinicamente obesas.


A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que apenas 5% do total de calorias ingeridas ao dia venha do açúcar, essa taxa equivale a 25 gramas de açúcar (seis colheres de chá). Essa quantidade é metade do que o órgão sugeria há dez anos, quando foi publicada sua última diretriz sobre o tema. A redução tem como objetivo intensificar a luta contra obesidade e doenças dentárias. A recomendação abrange todos os tipos de açúcar (sacarose, glicose e frutose) vindos de alimentos como o açúcar de mesa, mel, sucos e polpa de frutas ou adicionados a produtos industrializados. Para seguir o novo número, os ocidentais deverão, em média, reduzir a um sexto a ingestão diária de açúcar – que, hoje, é de 150 gramas por dia, em média.


Um estudo publicado recentemente na revista Neurology relaciona níveis altos de glicose sanguínea com a redução da memória. O estudo contou com a participação de 141 indivíduos; os níveis de glicemia sanguínea e hemoglobina glicada (média dos valores de glicemia de aproximadamente três meses) foram avaliados, assim como a capacidade de memória. Os indivíduos que apresentaram menores valores de glicemia e de hemoglobina glicada, mostraram melhores scores de habilidade de aprendizado e memória.

Em Odontologia o consumo de açúcar é tão condenado pois está relacionado com a doença cárie. O que é preciso ser esclarecido é que a cárie é uma doença infecto-contagiosa, causada por bactérias (Streptococcus Mutans) que se aproveitam do açúcar que se encontra disponível na cavidade bucal. Esta bactéria, assim como o açúcar, deve ser removida com uma adequada escovação.

A Diabetes também pode trazer consequências para a saúde bucal. Quem é diabético lida constantemente com a baixa imunidade, as infecções progridem mais rápido e provocam um estrago ainda maior. Se a higiene oral não for mais cuidadosa do que a de praxe, tende a surgir um acúmulo da placa bacteriana, o popular tártaro, que vai originar a gengivite que, se não for tratada, esse quadro costuma evoluir para a periodontite. Isso também está relacionado com a diminuição da quantidade e qualidade da saliva em diabéticos.

Você não está proibido de consumir doces, mas lembre-se de escovar bem os dentes e da quantidade de açúcar recomendado pela OMS! Para não prejudicar a saúde geral e bucal!

Beijos doces!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Cisto de Erupção

Semana passada atendi uma criança no consultório que tinha um cisto de erupção, e isso deixa os pais bastante preocupados, até porque a aparência do cisto não é muito bonita!
  
Pode ser chamado também de Hematoma de Erupção. 
Este cisto é um processo fisiológico normal, não há uma etiologia específica para seu desenvolvimento, podendo estar associado a um dente decíduo ou permanente. 
É uma lesão extra-óssea localizada entre o epitélio reduzido do órgão de esmalte e a coroa do dente, causada pelo acúmulo de exsudato, com freqüência hemorrágica, o que confere à gengiva a cor azulada (esta é a razão pela qual este cisto recebe o nome de "hematoma de erupção") e apresenta esta área de tumefação na gengiva. Este processo pode retardar o irrompimento dentário.

Normalmente o cisto se rompe, devido ao traumatismo mastigatório; o dente erupciona e a lesão desaparece. Com a erupção do dente, ocorre o esvaziamento desse fluido e o sintoma e a característica clínica de tumefação desaparecem. Quando isto não acontece, o aumento do volume gengival pode provocar dor, sendo necessária a ulotomia (procedimento cirúrgico). 
É aconselhável o acompanhamento do odontopediatra durante este período.